Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo
Programa de Regularização Fundiária beneficia 10.000 famílias da zona leste

Em evento neste sábado (15), na Arena Corinthians, 2.000 famílias de loteamentos em áreas públicas receberam títulos de concessão, e outras 8.000 famílias de terrenos particulares ganharam segurança jurídica para permanecerem nos locais


Fonte: SECOM

Cerca de 8.000 pessoas compareceram na manhã deste sábado (15) na Arena Corinthians, em Itaquera, e praticamente lotaram o anel inferior do estádio, mas o motivo não foi uma partida de futebol do clube paulista da zona leste. Por meio do Programa de Regularização Fundiária, a Prefeitura de São Paulo entregou a documentação necessária para dar segurança jurídica para cerca de 10.000 famílias que ocupam, em alguns casos, há quase 20 anos, áreas públicas e particulares na zona leste.

 

Entre os beneficiados estão cerca 2.000 famílias, que receberam seus títulos de propriedade de oito loteamentos públicos – Jardim Nazaré, Barão Carl Du Prel, Goiti, João Batista Nogueira, Morro do Macaco, Galileu Gaia, Nova Tereza e Jardim da Conquista / Carrãozinho. Outras 8.000 mil famílias que moram em loteamentos particulares estão com as regularizações fundiárias das suas 21 áreas adiantadas e receberam os informativos com as etapas já cumpridas e os próximos passos. Os documentos garantem para as famílias o direito constitucional a moradia e afasta a possibilidade de que elas sejam alvo de, por exemplo, reintegrações de posse.

“Durante muito tempo, a regularização fundiária ficou esquecida na cidade, porque é uma ação que, geralmente, as pessoas não dão o devido valor. Não é porque a pessoa está morando ali e tem um contrato de gaveta que está resolvido. Pode até ter um conforto, mas não tem a segurança jurídica, porque as pessoas têm filhos, netos e se preocupam com o amanhã”, afirmou o prefeito Fernando Haddad.

Moradora do Jardim da Conquista há 17 anos, a professora Maria de Lourdes da Silva Santos é uma das beneficiadas pelo programa. “É uma benção para a gente receber esse documento, porque isso fortalece, cada vez mais, a nossa cidadania. Sou retirante nordestina, como a maioria dos outros moradores, vim       para trabalhar em São Paulo, meu marido é motorista de transporte público e essa é uma vitória”, afirmou.

No caso dos assentamentos públicos irregulares, trata-se de áreas ocupadas irregularmente que foram sendo consolidadas com o passar do tempo. A Secretaria Municipal de Habitação, de acordo com o planejamento em regularização fundiária, realizou estudo do lote, levantamento altimétrico, fechamento do perímetro, execução do parcelamento, cadastro das famílias, reuniões com moradores, plantão de dúvidas, recolhimento de documentos e abertura das matrículas no cartório de registro de imóveis. As obras de urbanização necessárias foram executadas, em sua maioria, pela Prefeitura, e as redes de infraestrutura foram consolidadas através de ligações oficiais realizadas pelas concessionárias de água e esgoto.

“Estou feliz, porque estamos conseguindo, pela primeira vez na história da Prefeitura, juntar regularização fundiária de terrenos públicos, terrenos particulares e os terrenos da COHAB-SP. É a primeira vez que isso acontece na habitação da cidade e esse evento ficará marcado”, disse o secretário municipal da Habitação, José Floriano de Azevedo Marques Neto.

“A regularização, nada mais é do que pegar uma propriedade que vocês tinham e tem onde vocês moram, mas não tem a base sólida para acertar essa propriedade. Legalizando a terra, vocês que já eram os donos de suas casas, passam a donos de uma propriedade, que é a terra mais terreno”, afirmou o presidente da COHAB-SP, João Abukater.

Nas áreas particulares irregulares, a responsabilidade pela regularização é do loteador. Porém, em 2009, a Lei Federal nº 11.977, que criou o programa Minha Casa, Minha Vida instituiu que a Prefeitura pode conseguir o registro dessas glebas que tinham problemas, definindo os seus limites, e abrir uma matrícula para ela. O trabalho é feito em conjunto com os Cartórios de Registro de Imóveis e depois que a nova matrícula é aberta, o poder público pode retomar a regularização do parcelamento e fazer uma planta, que vai ser registrada. Na planta estão desenhados os lotes, as quadras, ruas e áreas verdes. Esse é o reconhecimento oficial do loteamento pelo município e pelo Cartório de Registro de Imóveis.

Com isso, as famílias podem, enfim, ter a propriedade do lote devidamente registrada em seu nome, sem precisar mais recorrer à usucapião – adquirir pelo uso – e sem pagar nada por isso. Os moradores dessas 21 áreas particulares, nas quais foi necessário realizar Demarcação Urbanística ou que já tiveram a Regularização Fundiária concluída, receberam, durante o evento, informativos com as principais ações e orientações sobre os próximos passos, necessários para que consigam o registro dos lotes.

De acordo com o secretário municipal da Habitação, cerca de 3.000 famílias estão em fase de demarcação urbanística e outras 5.000 prestes a registrar o contrato de compra e venda. “Além da gente estar fazendo o que precisa ser feito, nesta oportunidade, estamos fazendo também aquilo que deveria ter sido feito há décadas e que hoje, finalmente, a gente está conseguindo viabilizar”, afirmou José Floriano.

Segundo o monitoramento da ferramenta Habisp.Plus (www.habisp.inf.br), 24.477 famílias já foram beneficiadas com títulos de regularização fundiária. Além da vice-prefeita, Nádia Campeão, participaram ainda do eventos os secretários municipais Simão Pedro (Serviços), Eduardo Suplicy (Direitos Humanos e Cidadania) e Alexandre Padilha (Relações Governamentais).




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